XLVI Capítulo
Geral de Outono – 17 de Outubro de 2015
Quinta das Covas – Gimonde – Bergáncia/Bragança
"20 Anhos de Cunfrarie" / "20 Anos de Confraria"
Porgrama / Programa
Teatro
Municipal de Bragança
[Antrada pula Abenida /Entrada pela Av. Eng.º Amaro da Costa]
10:00 horas –
Juntança
10:30 horas ― Sala
de Actos
13:00
horas ― Almuorço / Almoço
Quinta das Covas ― Gimonde ― Bragança BAI
HABER FESTA! / VAI HAVER FESTA!
[Strada
/ Estrada Nacional 218, km 8, Gimonde]
Cochino
Bísaro i Castanha de la Tierra Frie
Sangre de cochino cozido, fígado assado, torresmos,
cherrelhones, folar de chicha, chouriça assada, tabafeia, azedo cun grelos,
Caldo de castanhas, Trilogie de cochino bísaro grelhado cun lhegumes i patatas,
Gilado de marmelo, cumpotas bárias, queisos, pudin de castanha, fruita de la
época… Binos de Trás-los-Montes.
Porco Bísaro e Castanha da Terra Fria
Sangue
de porco cozido, fígado assado, torresmos, rojões, folar de chicha, chouriça
assada, alheira, azedo com grelos, Caldo de castanhas, Trilogia de porco bísaro
grelhado com legumes e batatas, Gelado de marmelo, compotas várias, queijos,
pudim de castanha, fruta da época… Vinhos de Trás-os-Montes.
Précio de l'eibento / Preço do evento: 40,00€
La trasferéncia Bancaira deberá ser
feita pa la cunta abierta an nome de la nuossa Cunfrarie.
A transferência Bancária deverá ser
feita para a conta aberta em nome da nossa Confraria.
NIB: 003504740003089783098
Anscriçones pa l correio eiletrónico:
confraria.trasosmontes@gmail.com
Inscrições para o e-mail: confraria.trasosmontes@gmail.com
NOTA: causo nun puoda star persente,
por qualquiera amprebisto de radadeira hora, debe abisar bie correio
eiletrónico.
L'acerto de cuntas será feito ne l
próssimo Capitulo
NOTA: caso não possa estar presente,
por qualquer imprevisto de última hora, deve avisar via e-mail.
O acerto de contas será feito no
próximo Capitulo.
L Diretório de Notábeis
O Directório de Notáveis
Acta do CapítuloACTA do XLVI CAPÍTULO GERAL - "20 Anos da Confraria."
ATA de l XLVI Capítulo Giral – “20 Anhos de la Cunfrarie.”
Aos dezassete
dias do mês de Outubro do ano da graça de dois mil e quinze, às dez horas acrescidas
de uma hora, em Bragança, reuniu-se no Salão Nobre do Teatro de Bragança, o
Capítulo Geral da Confraria dos Enófilos
e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro, presidido pelo Magnífico
Grão-Mestre. Da ordenança da assembleia magna da confraria constavam os
seguintes pontos:
1.
Leitura e
votação da Acta do Capítulo Extraordinário de Verão;
2.
Rituais de
Entronização e Confirmação;
3.
Execução do
Plano de Actividades de 2015 e Relatório de Contas de 2014;
4.
Plano de
Actividades para 2016;
5.
Prelecção sobre
botulismo alimentar proferida pela Vice Grã-Mestre, M.ª Isabel Escudeiro.
O Mestre dos
Ritos e das Cerimónias, em nome do Mui Respeitável Grão-Mestre, anunciou a
abertura do Capítulo de Outono, tendo enaltecido as cores outonais da paisagem
da Terra Fria e comparando essa beleza com a imagem saudosa do seu tempo de
estudante passado nesta cidade. Passou ao ponto 1 da ordem de trabalhos, tendo
o Grão-Chancelar procedido à leitura da Acta do Capítulo de Verão realizado em
Lisboa.
Após a sua
leitura, o Mestre de Ritos e Cerimónias fez um reparo sobre a utilização dos
termos utilizados nas actas quando era feita referência ao Mui Respeitável
Grão-Mestre. Doravante, deveria ser sempre cognominado de Mui Respeitável. O
Grão-Chanceler aceitou o reparo sem antes referir a dificuldade em transcrever
para texto a grandiosidade, a audácia, a sageza, a magnificência, a bondade, a
humildade, a notabilidade, o charme, do tão ilustre magno protector da nossa
confraria, o Mui Respeitável Grão-Mestre.
Após sujeita a
votação, a acta do Capítulo de Verão foi aprovada com uma abstenção.
O Mestre de
Ritos e Cerimónias voltou a referir a necessidade dos confrades assinarem o
livro de presenças, ou no final do Capítulo ou logo após o almoço.
Seguidamente, passou para a leitura da ordenança e anunciou a entronização da
Confrade Legatária Sara Salgado Bernardo e dos Confrades Noviços Miguel
Monteiro e António Pimentel Sanches. Referiu ainda que a sessão irá terminar
com as prelecções da Vice Grã-Mestre sobre Botulismo Alimentar e do Grão-Mestre
sobre os 20 anos da Confraria.
Após aprovação
pelo Conselho de Anciãos dos confrades noviços, as entronizações iniciaram-se
com a apresentação de António Pimentel Sanches. Filho de viticultor de Castelo
Branco, Mogadouro, que plantou vinha com as melhores castas durienses, herdou
do pai as qualidades de enófilo. Nas visitas à adega havia um cerimonial
peculiar. Seu pai tinha um casaco com dois grandes bolsos. O do lado direito
tinha os copos lavados que eram colocados no lado esquerdo após a sua
utilização. O filho herdou os dotes de enófilo e gastrónomo, sendo comum em
casa do Confrade Noviço a confecção por este dos melhores repostos inspirados
na cozinha transmontana.
O Mestre de
Ritos e Cerimónias apresentou o Confrade Noviço Miguel Monteiro, tendo elogiado
os seus dotes na preparação das patuscadas realizadas com o grupo de amigos
brigantinos. Mestre no movimento dos seres bípedes, o confrade poderá ter um
papel importante quando surgirem dificuldades de sustentação nos membros
inferiores no seio da confraria. Tendo sido o próprio a demonstrar interesse em
pertencer à nossa Confraria, a sua vontade de participar é promissora do profícuo
contributo que poderá dar à CEGTAD.
O Grão
Conselheiro anunciou Sara Bernardo como Confrade Legatária do Confrade Edgar
Bernardo. A sua ligação a Torre de Moncorvo e o acompanhamento que vinha
realizando nas actividades da confraria são o garante da continuação do legado
de seu pai.
A primeira
candidata a Confrade Irmã foi Alexandrina Fernandes. A argumentação apresentada
sustentou-se no meritório trabalho que tem realizado em prol do Desenvolvimento
Rural de Trás-os-Montes e Alto Douro no sector do Turismo Rural e do seu efeito
potencial no mercado dos produtos de origem local. Logo no seu primeiro
argumento, a assembleia apercebeu-se estar na presença de uma candidata que
enaltece o labor dos transmontanos e das transmontanas na criação dos
excelentes vinhos e comidas que caracterizam a região. A sua avó Beatriz foi a
sua fonte de inspiração. Estabeleceu-se em Gimonde com uma mercearia e taberna,
tendo rapidamente ganhado fama junto dos citadinos endinheirados de Bragança e
dos viajantes, apreciadores dos bons vinhos e petiscos preparados pela exímia
cozinheira. Em 1990 o seu pai toma a rédea dos negócios. É aberto o Restaurante
D. Roberto, permanecendo a taverna vocacionada para os vinhos e petiscos. A
mercearia deu origem à loja de produtos regionais, onde o viajante pode
adquirir os produtos que satisfazem o palato dos mais exigentes apreciadores da
excelência da cozinha transmontana. Os negócios diversificaram-se, incluindo
actualmente uma unidade de produção de enchidos que privilegia a matéria-prima
local, nomeadamente as produzidas na Quinta das Covas onde se destaca o porco
de raça bísara. Mercê da sua formação académica em turismo, a candidata encontrou
na dinamização da unidade de Turismo Rural a componente potenciadora do
comércio dos produtos de origem local, obviamente com destaque aos produzidos e/ou
comercializados pelo grupo.
Desde que a
Confrade foi entronizada por proposta do Confrade de Mérito Virgílio Gomes, em
Junho de 2014, que a dedicação evidenciada deu um grande salto, certamente
ajudada pela sapiência que lhe foi transmitida pelo Grão-Chanceler durante a
viagem que a conduziu à admissão na nossa comunidade. Quase deixaria tudo a
perder quando apresentou um vídeo onde, no convés da nau dos corvos, o ilustre
membro do Directório de Notáveis aparentava semblante comprometedor. Não fora a
astúcia da assembleia ao se aperceber que tal comportamento resultou
exclusivamente da influência da ondulação marítima e a confirmação como
Confrade Irmã poderia ter ficado em perigo.
Seguiu-se a
prestação de provas do Confrade Noviço José Luís Rosa. Chegou a Bragança para
cumprir um ano de estudos no Instituto Politécnico de Bragança, com o objectivo
de rumar a outras paragens mas a posta de vitela mirandesa e outras iguarias da
Terra Fria, saboreada em tertúlia, não permitiram que o desiderato inicial se
concretizasse. A sua admissão como técnico no Parque Natural de Montesinho
proporcionou-lhe uma dedicação especial à conservação da natureza. Desde tempos
imemoriais que o lobo e o homem têm uma relação difícil, especialmente para os
pastores. O programa de conservação do lobo ibérico levou à existência de certo
grau de conflitualidade entre o Parque Natural e os agricultores. No entanto, a
dedicação do candidato em convencer os pastores a introduzir nos rebanhos um
cão de guarda de uma raça também ela em vias de extinção, proporcionou que as
necessidades de preservação da natureza pudessem ser compatibilizadas com a exploração
silvopastoril. Efectivamente, a introdução dos cachorros vieram proteger os
rebanhos dos ataques do lobo, reduzindo substancialmente essas ocorrências, o
que permitiu diminuir a despesa pública com indeminizações aos pastores ao
mesmo tempo que proporcionam uma confiança recíproca entre estes e o Parque
Natural. Agradecem os apreciadores de carne de borrego e os artesãos de burel.
A defesa da
última confirmação coube ao confrade noviço Francisco Escaleira Ribeiro.
Nascido em Fornelos, freguesia duriense, o candidato reparte o seu coração
entre o Alto Trás-os-Montes onde vive há 30 anos e o Alto Douro Vinhateiro,
onde tem as suas raízes. Respondendo a um desafio da madrinha de confraria, a
Encantadora Vice Grã-Mestre, o Confrade Noviço, notável artista plástico, pintou
em óleo sobre tela as Vinhas de Cortiçadas, tendo-a oferecida à Confraria, o
que deixou a assembleia profundamente encantada com a sua amabilidade, tomando
o facto como prova irrefutável da dedicação do candidato à confraria. Para enquadramento
da obra de arte, caracterizou as vinhas de cortiçada que as distinguem das
demais vinhas da Região Demarcado do Douro e abrangem não mais de 50 ha. Ainda
se podem encontrar algumas adegas, embora na maioria em ruina. Era comum nas
tardes de domingo, os compadres fazerem a ronda às adegas, que muitas vezes só
terminavam aos primeiros raios de sol de segunda-feira. Com a filoxera grande
parte desta área foi conquistada pelo olival e as poucas vinhas de cortiçada
que ainda se podem encontrar estão vindo a desaparecer com a reconversão das
vinhas. Fica a esperança que este riquíssimo património inserido num outro já
confirmado pela UNESCO seja preservado e os confrades venham a ter o privilégio
de voltar a fazer a ronda das adegas do vinho produzido nas vinhas de
cortiçadas.
O Confrade
Noviço apresentou ainda os riquíssimos pratos da aldeia, mostrando imagens do Bazulaque,
das Tripas à Moda de Fornelos, das Castanhas com Orelha Curada, do Cabrito
Assado em Forno de Lenha no Alguidar de Louça de Bisalhães e como doces, a
aletria e o leite-creme.
A assembleia
aprovou por unanimidade a proposta de admissão como associados de pleno direito
com o título de Confrades Irmão, os três Noviços que prestaram provas da sua
dedicação durante um ano à Confraria.
Encerrando o
segundo ponto da agenda o Grão Conselheiro procedeu ao acto solene de juramento
dos confrades entronizados e confirmados, exaltando-os mais uma vez para a
defesa intransigente da gastronomia e vinhos que as suas gentes de
Trás-os-Montes e Alto Douro tão laboriosamente os produziram.
Sendo o Capítulo
realizado em Bragança, cidade que tanto Amadeu Ferreira acarinhou, o Mestre de
Ritos e Cerimónias não deixou passar a oportunidade de o relembrar, declamando
uma dedicatória que o escritor lhe escreveu num dos seus livros. Como Amadeu
certamente gostaria que o recordassem com alegria, o Mestre de Ritos e
Cerimónias pediu uma salva de palmas ao seu legado.
Seguiu-se outro
momento alto da reunião magna da CEGTAD. Os sábios conhecimentos técnicos da
Médica Veterinária Isabel Escudeiro, Vice Grã-Mestre da CEGTAD, foram a base de
mais uma excelente comunicação a que a nossa Confrade já nos habituou. Desta
vez acresce que não poderia ter existido maior sentido de oportunidade, já que
há pouco mais de 15 dias surgiram notícias sobre intoxicações alimentares
provocadas por uma bactéria em alheiras provenientes da região e que têm
provocado um grave decréscimo de vendas nos produtos da salsicharia
transmontana. A sua intervenção iniciou-se na afirmação da responsabilidade que
têm todos os confrades na defesa da Região de Trás-os-Montes, dos seus produtos
e da sua gastronomia. O facto de estarem informados sobre a doença provocada
pela bactéria causadora do botulismo é muito importante, tendo cada um a
obrigação de difundir a informação de forma a tranquilizarem os demais
consumidores já que consumir produtos transmontanos é sinónimo de optar por
produtos de excelente qualidade.
O medo
combate-se com informação. A primeira informação retida pela assembleia é que o
botulismo é uma doença rara. Embora a bactéria que provoca o botulismo é
endémica em todo o mundo e está presente num conjunto significativo de
alimentos, o envenenamento que provoca pela libertação de uma toxina geradora
da doença só ocorre em meio anaeróbico e, portanto, em produtos transformados.
O desenvolvimento da bactéria é ainda favorecido por elevados teores de
humidade e ph neutros a alcalinos, razão porque a sua ocorrência na
generalidade dos produtos transformados se torna impossível. Por seu lado, a
toxina é destruída quando submetida a temperaturas superiores a 80º durante
pelo menos 10 minutos, o que poderá ser factor a reter na confecção quando não
temos confiança total na origem do produto e da forma com que foi armazenado,
já que as contaminações secundárias também poderão provocar a doença.
Ao contrário do
alarmismo que a notícia indiciou, a principal ocorrência de botulismo alimentar
não se encontra na indústria alimentar mas na manufactura caseira de produtos
sem serem respeitados princípios básicos de higiene e de minimização de risco
na conservação, nomeadamente assegurando um meio ácido e reduzindo os teores de
humidade. As caldas tradicionais com que se preparam as alheiras e outros
enchidos, ricas em sal, alho e louro, são também uma forma de evitar o
desenvolvimento da bactéria.
Todos os
confrades ouviram atentamente a brilhante apresentação da Magnífica Vice
Grão-Mestre e interiorizaram a enorme responsabilidade de voltar a credibilizar
a industrial agro-alimentar transmontana que foi infundadamente colocada em
causa por um tipo de jornalismo que não privilegia o esclarecimento da opinião
pública. Quando as pessoas lêem que o botulismo retira dos supermercados as
alheiras Origem Transmontana ficam a pensar que o problema está na Região,
afirmação que, obviamente, não é minimamente verdadeira. Com esta exposição,
abriram-se duas linhas de debate a aprofundar no seio da CEGTAD:
1.
A regulamentação na utilização por certas empresas de
determinados nomes comerciais que induzem o consumidor em erro, prejudicando a
Região no seu todo e em particular a confiança nos produtos com Denominação de
Origem ou Indicação Geográfica.
2.
A necessidade de promoção de acções de divulgação e
formação dirigida a consumidores em geral, mas também a todos os que se dedicam
à confecção caseira de compotas e outras conservas a que ao exigente saber
fazer das receitas tradicionais se deverá associar a salvaguarda das condições
de higiene e de conhecimentos mínimos de tecnologia alimentar que permitam
minimizar os riscos.
Seguiu-se
a apresentação das contas do exercício de 2014 por parte do Mui Respeitável
Grão-Mestre. Após auditadas pelo Confrade Edgar Bernardo e sujeitas a
escrutínio por parte do Conselho de Inquiridores, foi possível constatar que a
confraria goza de saúde financeira. Não obstante, o representante do Conselho
de Inquiridores referiu que existe alguma dificuldade na cobrança de quotas, já
que existem muitos confrades que têm a sua conta corrente atrasada, incluindo
confrade que têm mantido algum contacto com a confraria.
O
relatório de contas de 2014 foi aprovado por unanimidade, comprometendo-se os
confrades a ter sempre a sua conta corrente regularizada até à realização do
capítulo de primavera.
A
boa memória do nosso Mui Respeitável Grão-mestre, aleada às suas capacidades
oratórias permitiu que o discurso com que se abriram as comemorações dos 20
anos de confraria fosse de improviso. O Mui respeitável Grão-Mestre datou a
fundação da CEGTAD no dia 16 de Outubro de 1995, na sequência de uma reunião
realizada com alguns dos confrades fundadores e em que ficou decidido que a
confraria teria uma dupla aptidão, de enaltecer a gastronomia e os vinhos de
Trás-os-Montes e Alto Douro.
Seguiram-se
duas reuniões com vista à constituição formal da confraria. Uma primeira
realizada no Restaurante O Grês em Mirandela em que tiveram presentes 25
confrades e em que foi decido constituir vários grupos de trabalho com vista à
criação dos estatutos e do traje, tendo a título de exemplo referida a
incumbência a Domingos Amaro, o actual Mui Ilustre Mestre de Ritos e
Cerimónias, de apresentar o traje que actualmente todos reconhecem ser a jóia
da coroa da confraria. A 22 de Julho de 1996 é realizada a escritura pública e
um mês antes da realização do mítico I Capítulo realizado no Hotel Palace do
Vidago com a presença de 89 confrades é realizada a primeira reunião do
Directório de Notáveis.
As
comemorações dos 20 continuarão em Torre de Moncorvo com o Capítulo de
Primavera a ser dedicado à amêndoa coberta, pérola da doçaria tradicional,
símbolo máximo dos afectos e perseverança que, em conjunto com a Amêndoa do
Douro e com a calda doce que delicadamente a vai envolvendo, são ingredientes necessários
à sua confecção. Referiu ainda que foram enveredados todos os esforços para
encerrar as comemorações onde se realizou o I Capítulo, no Hotel Palace do
Vidago, mas os preços oferecidos pela unidade hoteleira não foram comportáveis.
Assim, as comemorações terminarão em Sabrosa, com o tema a ser dedicado às
Viagens de Fernão Magalhães e ao contributo que as cidades onde o navegador
aportou podem dar à internacionalização dos vinhos e produtos da gastronomia
transmontana. Para isso nada melhor que confiar a organização à nossa deusa dos
vinhos a Magistral Grã-Escançã Celeste Marques, coadjuvada pelo Presidente do
Município de Sabrosa, José Marques, também nosso confrade.
Relativamente
à execução do Plano de Actividades de 2015, o Mui Respeitável Grão-Mestre fez
um resumo dos Capítulos anteriores. Foi ainda referida a participação da CEGTAD
na missão de internacionalização dos produtos agro-alimentares transmontanos,
com especial enfoque à abertura da primeira loja no Estado de São Paulo, administrada
por luso-brasileiros com origem transmontana, nomeadamente em Alfandega da Fé e
Torre de Moncorvo. Se este vasto mercado é uma excelente oportunidade de
valorização da produção transmontana, a sua dimensão potencial face à reduzida
capacidade de oferta produtiva poderá criar problemas de assegurar oferta
suficiente mantendo a qualidade dos produtos. Em todo o caso, a CEGTAD zelará
sempre para que a qualidade dos produtos incluídos no projecto PITER esteja
assegurada.
O
Mui Respeitável Grão-Mestre deu a palavra ao anfitrião, o Presidente do
Município de Bragança, Hernâni Dias, que agradeceu a eleição deste território
para o início das comemorações dos 20 anos da confraria. Fez também um
agradecimento muito especial ao papel que a confraria tem tido na divulgação
dos produtos regionais e pelo esclarecimento oportuno relativamente à
desmistificação do problema causado pelo botulismo que, por desinformação, tem
causado danos consideráveis na economia local.
O Afectuoso
Mestre de Ritos e Cerimónias deu por encerrado o Capítulo de Outono da
Confraria Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Bragança, 17 de Outubro
de 2015
O Grão-Chanceler,
José Vieira