4 de Novembro de 2017 - L Capitulo Geral de Outono em Alfândega da Fé - L Capitulo Giral de Outonho an Alfándiga de la Fé

L Juntança do Outono

4 de Novembro de 2017

Alfândega da Fé

Caros Confrades

Por ordem e mandato do nosso mui ilustre, notável e respeitável Grão-Conselheiro, António Nazaré Pereira, acreditado consiliário da nossa Confraria, venho convocar a nossa cosmogónica, pantopolista, epigramática e celebérrima grei, para concorrer à [L] Juntança outonal.

Assim, logo pelas nove horas e trinta minutos da manhã do dia quatro do mês de Novembro do ano da graça de dois mil e dezassete, em Alfândega da Fé aguardamos na Casa de Cultura Mestre José Rodrigues todos os confrades para a celebração do Outono.Alfândega da Fé, como o próprio nome indica é um local calmo e hospitaleiro a convidar a uma estada prolongada. Assim o descreveram os Árabes quando no séc. VIII lhe atribuíram a designação de Alfandagh. Uma história que, em termos de nacionalidade, só se vê verdadeiramente reforçada a 8 de Maio de 1294, data em que D. Dinis lhe concede a primeira carta de foral.

CARTA DE FORO D’ ALFANDEGA DE FEE

Em nome de Deus amem. Saibham quantos esta carta virem e ler ouvirem que eu Dom Denis pela graça de Deus Rey de Portugal e do Algarve en sembra com mha molher Ranhia Dona Ysabel e com meus filhos infantes don Affonso e dona Costança faço carta de foro pera todo sempre aos pobradores e moradores da mha vila e do meu castelo de Alfandega de Fe de Sobre Valariça assi aos presentes como aos que han de viir (…)»

Em 1510 D. Manuel I concede-lhe nova Carta de Foral aumentado a área concelhia. No entanto, em Outubro de 1855, o concelho foi extinto para em Janeiro de 1898 ser restaurado como circunscrição administrativa independente. Alfândega da Fé mantém, desde essa altura, os mesmos limites geográficos, que vão da Serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça

O Município de Alfândega da Fé, vai saudar-nos pelas dez horas na Galeria Manuel Cunha com o seu vinho do porto e alguns barquinhos e rochedos a homenagear a amêndoa, e convidar-nos a visitar a Exposição “Intervenções populares N` Arte Contemporânea”

Por volta das dez horas e trinta minutos é tempo de dar início ao XLIX Capítulo Geral de Outono no Auditório Manuel Faria, seguido da apresentação do livro –COGUMELOS NAS TERRAS DE MIRANDA: Aproveitamento sustentável da autoria da confrade Marisa Castro e desenhos de Alexandre Skinner, sendo editor o também nosso confrade A. Batista Lopes.

Pelas onze e quarenta e cinco minutos acompanhados pelo nosso Mestre de Ritos e Cerimónias e com organização da autarquia seguiremos em cortejo para o percurso “Passear pela vila “ podendo visitar o seu ex-libris -A Torre do Relógio, partindo a seguir para o almoço no Hotel & Spa Alfândega da Fé, em plena Serra de Bornes, conhecida em tempos por Serra de Monte Mel

Para o almoço, pelas 13 horas e quinze minutos, foi acertado que a comida seria uma homenagem à caça. Com condições de excelência para a prática desta atividade o concelho é destino de eleição dos amantes das artes venatórias. Desde as encostas da Serra de Bornes até ao Rio Sabor, passando pelos inúmeros vales e linhas de água, o concelho é rico em espécies cinegéticas. Para rematar iremos continuar a degustar os bolos de ontem e de sempre, moldados por sábias doceiras e para quem quiser haverá queijo de cabra e compota de cereja.

E porque é bom conhecer o território estão todos convidados aí pelas quinze horas e trinta minutos a visitar o Centro de Interpretação do Território em Sambade e a sua Festa da Montanha.

Por agora falta apenas dar-vos nota que a carestia prevista para o evento serão 40euros.

Não havendo mais nada para vos dizer, digo-vos: Aparecei com espírito aberto para visitar esta terra de grandes contrastes paisagísticos e gentes laboriosas e resistentes a todas as vicissitudes da história ...

Façam o favor de informar o Diretório dos Notáveis (confraria.trasosmontes@gmail.com) quantos vamos estar nesta juntança.

E diz a Vice Grão-Mestre da nossa Confraria.

Maria Isabel Xavier Escudeiro